domingo, 24 de janeiro de 2010

Vício Eterno


A única coisa da qual não posso me separar,
A mesma música que me faz dançar
Pisoteando as sombras pela estrada obscura
Negando a necessidade de estar segura.
Queima meu coração, esmagado por suas mãos,
Minha alma, perdida, ansiando pelo momento
Em que você invade meu corpo
E me condena ao eterno tormento.
Num cálice de veneno, um brinde ao luar,
Sob a cortina de neblina, ouço o aviso
Tarde demais, não sinto pesar
A vítima certa para seu cruel castigo.
Doce tortura é esse desejo insaciável
Doce é o sangue que pulsa
Do meu corpo para o seu
Num frenesi incontrolável.
Quem é você? Com todo essa poder
Para possuir minha alma assim?
Amor e prazer, dor e sofrer
Não tenha piedade de mim....
O último suspiro, sem medo algum
Meu vício eterno, céu e inferno
Meu mestre, meu dono
Salvou meu espírito do abandono
Saído das sombras
Do meu pesadelo mais sensual
Não sei onde termina o bem, onde principia o Mal.

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